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chapter 9

Caminhava nos corredores do subsolo, sub a companhia do Leo. Ele me seguiu, queria saber o que estava aprontando. Também ele me seria útil, pois das pessoas que conheci neste hospital, ele parecia o mais são, com mais estabilidade mental. Ele não tinha nenhum transtorno mental que fosse grave, ao contrario de muitos ele estava aqui por ser homossexual, porque a sua família não o aceitava do jeito que ele era.

Eu fui direto ao quarto da Sayuri, precisava vê-la e falar com ela. Saber como ela estava. Chego no quarto e a observo pela porta, ela está sentada com os cravos.

– Conseguiu a cartão?

– Sim.

– Tem certeza? Não quer que eu entre com você?

– Não.

Uso cartão da Cíntia para abrir a porta, como suspeitei, a porta abre -se, Gabriel está lá fora me esperando.

Vou caminhando com cuidado, para não assustá- la pois ela estava concentrada nos cravos.

– Sayuri....

Ela me encara, mas logo me ignora e continua brincando com os cravos. Eu me aproximo mais e a chamo de novo.

– Sou eu!

Ela para uns segundos e volta a olhar. Vejo o seu rosto assustado.

– Por favor não me machuque...

– Sou eu Samuel...

– Não pode ser, estou alucinando .... só entram aqui os funcionários... isto é uma alucinação – Ela pondo a mão na sua cabeça.

Eu me aproximo e seguro, as suas mãos e faço a encarar-me.

– Sou eu Sayuri, Samuel.... Fala comigo!

Leo entra, ela olha para ele na dúvida.

– Sayuri, é o seu Samuel.... eu também estou vendo.

Sayuri me encara emocionada, encosta os seus dedos no meu rosto, delicadamente. Eu ficando para o seu lindo rosto, para os seus olhos escuros e para sua boca rosada, como ela era linda! Um jeito delicado, ainda podendo se ver a sua inocência no seu olhar.

– É mesmo você? – Sayuri fecha os olhos e caem lágrimas do seu rosto. Eu aceno a cabeça positivamente.

– Sou eu...

– Samuel... o que você faz aqui? Por que nunca me veio me ver?

– Eu vim algumas vezes...

Ela desviou o olhar ainda confusa, ela estava diferente, porém tranquila. Não estava agressiva como das outras vezes.

– Samuel, o que você faz aqui? Você está de pijama...

– Eu estou aqui, eu vim te buscar Sayuri...

– Me buscar... não posso sair! Me disseram que eu fiz coisas horríveis que eu sou uma ameaça e que mereço estar aqui....

Ela realmente não se lembrava do que havia feito, não fazia ideia da marca que ela havia me deixado. Preferi não comentar o que ela fez, para não deixá-la mais triste do já estava. Ela estava agindo como de algumas a vezes que teve suas crises mentais, estava confusa. Agia como se não estivesse tomando a medicação. Eu conhecia o seu jeito quando ela estava medicada, eles não estavam cuidando dela como aparentava. Eles estavam a enlouquecendo. Ela estava triste e mal cuidada, seu cabelo longo que eu tanto adorava estava sem vida, seu rosto cheio de olheiras, sua pele com marcas roxas, mais magra que antes. Podia apostar que desde o dia que fiz a última visita ela nunca mais foi cuidada.

– Sayuri...

Ela olhava a volta distraída, como se houvesse outras vozes além da minha.

– Sayuri... – insisti.

Ele encarou-me.

– Você não pode falar para ninguém que eu estive aqui! Entendeu?

Ela acenou positivamente a cabeça.

– Eu preciso ir, vou fechar a porta.

– Você volta?

– Sempre.

Ela abraçou-me de surpresa, me apertando forte. Era um abraço de desespero e saudades, um pedido de socorro em silêncio. Seu abraço era …. AMOR! Só que essa atitude fez me sentir desconfortável, me fazendo lembrar o dia que ela esfaqueou-me. Hoje ela estava meiga e inofensiva, apesar de aérea. Olhava para mim e me mostrava um sorriso, apesar de triste. Dei-lhe um beijo na testa e me afastei.

– Eu volto. – Disse indo até a porta.

– Samuel...

Eu parei e encarei.

– Senti sua falta.... Lembra como a gente se conheceu?

Eu sorri e voltei a encará-la.

– Lembro!

Leo despediu-se dela, saímos e fechei porta, sabendo que fazia sofrer por pô-la trancada, mas eu não podia soltá-la, sem saber como sair deste hospital.

– Sayuri, ela sempre fala de você...

– Fala...

– Ela nem sempre está trancada... Ela não abraça ninguém, só você... primeira vez que eu vejo isso.

Uma lágrima do canto olho saio do meu rosto.

– Como ela veio parar aqui?

– Não importa...

– Importa sim... Ela não parece alguém agressiva ou tão louca que não possa ser curada...

– Você aqui!? – Perguntou o Carlos.

– Por quê está aqui? – Perguntei.

– Meus filhos estão aqui! – Disse me alegre.

– Filhos?

– Sim, – Carlos tira um rato do bolso e me amostra. – Este é o Tobias, já é um engenheiro, formou-se ano passado.– De seguida ele coloca a mão no outro bolso e tira uma barata. – Esta é a Sofia, ela é nutricionista... o orgulho da casa, é a cara da mãe.

Eu e o Leo entreolhamos, acenando positivamente com a cabeça, ele tinha um rato e uma barata, nas mãos e agia como se eles fossem gente. Entendo que nós os seres humanos por vezes chamamos os nosso animais de estimação de filhos, mas temos noção que são animais. Carlos parecia não ter noção disso. Quando estava na outra área ele não agia dessa forma, parecia o mais sensato, mas agora.... bem, era o que era.

Aproveitei o pouco tempo que tinha e pedi que o Leo que me mostrasse o lugar, assim saberia os pontos acesso mais rápido para fuga. O quarto onde se encontrava a Sayuri, era longe da porta de acesso do túnel, que perdia muito tempo para encontrá-lo. Tinha que agir contra o tempo. O local era horrível, era uma pocilga, jurei para mim mesmo que um dia eu iria denunciar este lugar e que todos os envolvidos iriam presos. Isso era uma promessa.

Entendi porque algo dizia que eu devia estar aqui, não era só pela Sayuri, mas porque estava mais que na hora deste hospital ser processado.

(...)

Saímos do subsolo, Leo me vê tomando um rumo diferente, um rumo que não daria a minha amarela, a área permitida aos pacientes.

– Para onde você vai?

–resolver um assuntos! Eu preciso saber até onde me leva este cartão....

– Você está brincando com fogo, já não basta ter roubado o cartão e ainda quer arrumar mais confusão.

Neste instante ouvimos um barulho, passos de alguém, então somos obrigados a afastar-nos um do outro e cada um acaba tomando o seu rumo. Eu sigo o outro que caminho, uso o cartão e abro porta que da acesso a outra área. A luzes estavam apagadas e isso me ajuda na fuga, precisa descobrir a área dos seguranças do hospital. Caminho devagar e com cuidado, num corredor que tem várias salas. Chego num local onde tem o sinal da área dos seguranças, é uma porta de grades cinza. Me aproximo da porta, tento abrir mas sem sucesso. Ouço passos e me escondo num canto que não tem luz, passando por despercebido. O segurança se aproxima da porta de grades e nesse instante eu o esmurrou fortemente que ele cai e desmaia. Coloco as mãos no seu bolso e encontro as chaves. Abro a porta e consigo ouvir as vozes de alguns seguranças, com cuidado vou entrando e me escondo num dos quarto onde tem os vestiários. Pego num dos uniforme e visto por cima da outra roupa. Coloco o boné de segurança e caminho passando por alguns segurança e despercebido.

– Raul, como você tá?

Fala um segurança de costas para mim. Eu não respondi e continuo andando.

– Qual é o Raul, está de mau humor?

– Deixa ele, você sabe que o Raul não fala com ninguém.

Continuo caminhando, sorte a minha que existe um segurança parecido comigo e que é antissocial, pelos visto. Caminho o mais rápido possível e desvio entrando nouyr9 corredor que vai dar quarto, onde tem os pertences dos pacientes. A sala tinha vários armários com os devidos nomes dos pacientes. De certeza que o meu celular estava lá. Entro na sala e ponho me a procurar, procuro a gaveta onde tem David Conner.

" Oi Raul você de novo? "

"Está louco? Fumou ou o que?:

" Pera ai se você não é Raul, quem era o cara que...."

Ouço eles falando e de imediato, pego na arma e atiro contra as luzes da sala, deixando o local totalmente escuro. Dois seguranças, possivelmente o proprio Raul e um idiota, que não sei o nome entram, enquanto eu estou escondido por debaixo da mesa. Ouço apenas passos, pois eu também mal consigo os ver. Um deles se aproxima do armário, num só golpe lhe atinjo na cabeça, mas sem atirar. Ele perde a consciência e cai. Ouço passos do outro e antes que ele possa agir, esmurrei-lhe fortemente que ficou inconsciente. Saio da sala, fecho a porta e vejo um outro segurança que caminhando na minha direção disconfiado. Logo começo a correr e ele apita, chamando os outros seus colegas. Eu continuo correndo, consigo ser mais rápido que ele e entro numa outra sala, antes que ele possa me ver. Coloco a cadeira na frente da porta, imobilizado a fechadura, impedindo de se entrar. Olho para o teto e vejo que tem uma duto de ar, empurro a mesa até o meio da sala. Subo na mesa, puxo o duto de ar com toda força e o jogo no chão. Consigo entrar pelo duto de ar e vou rastejando entre as paredes do hospital. O Hospital era antigo, então os dutos de eram maiores do que os mais modernos. Rastejo o mais rápido que posso até encontrar uma outro duto de ar que facilite a saída.

Chego na que fica próximo a linha amarela, observo pela grade, vendo que a saída daria num dos quartos dos pacientes. Abro duto de ar e desço, caindo na cama e me deparando com o Lucas dormindo.

– Você está louco? De onde você veio?

– Shiu! – Digo tampando a sua boca.

– Você está me machucando.

Soltei-o, pois pode ver que era a Brida. O seu jeito era diferente. Sai da cama e comecei a despedir-me. Tinha colocado do traje de guarda por cima do pijama. Brida me olha com sorriso malandro.

– Nossa, pensei que era hoje que viria você nú!

Nem me dei o trabalho de responder. Pego no traje e coloco dentro do duto de ar que está no teto, deixo tudo como estava antes.

– Brida, por favor não fale pra ninguém...

Ela mordeu o dedo o indicar e com olhar provocante. Eu revirei os olhos, era muito esquisito ver ele fazendo isso, ainda mais quando esse homem é seu amigo. Apesar de ele neste momento ser uma mulher.

– Bem, eu vou querer um passei pelo jardim com você de mãos dadas e beijo. – Disse ele fazendo biquinho.

Eu acenei a cabeça positivamente ainda processando o que ele acabava de me dizer, então tinha de repetir, para facilitar.

– Um passeio pelo jardim...– Disse.

– De mãos dadas!

– Está bem..

– E um beijo...

– Nem sonhando! – Ameacei-o.

– Está bom, está bom.... de mãos dadas! Com o tempo eu vou te conquistando.

Eu revirei os olhos. Ele deu um beijinho na bochecha. Não estava acreditando que estava sendo paquerado por ele. Brida voltou a deitar-se e eu me aproximei da porta, vendo se passava alguém e saí. Voltei para o meu quarto e deitei-me, olho para o relógio dava cinco horas certo. Não passam dez minutos e a enfermeira entra no quarto, para ver se está tudo bem.

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