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chapter 8

Samuel

– Bom dia David, – Diz a enfermeira entrando .

– Bom dia. – Respondo deitado na cama e fingindo que que acabo de acordar. Acaba de voltar do subsolo e desde então não consegui dormir, pensando em como sair daqui.

Ela mostra-me um sorriso se aproximando de mim, mas logo fica séria.

– Meu Deus, o que aconteceu com a sua mão? – Ela se aproxima e segura a minha mão, que tinha sangue e eu nem havia reparado. Fiquei com receio de ela suspeitar alguma coisa.

– Eu...

– Você se mordeu, David! – Diz prestando atenção na marca de mordida.

Eu permaneci em silêncio, deixando ela achar isso, me seria conveniente.

– Vamos tratar isso! – Ela sai do quarto apressada, indo buscar os primeiro socorros. Olho para a minha mão, vendo a marca de mordida do Gabriel e estava feio, mas feio mesmo, era o lugar onde eu estava a pouco. Nunca imaginei que aquilo pudesse existir! Estava mais do que na hora de eu dar o fora, ligar para o Jason e denunciar este lugar. Sayuri, não podia acreditar que ela estava ali, todo este tempo e só a tiravam quando ia vê-la fingindo que era tudo feito dentro da lei, com todos os cuidados e tratamentos adequados. Se alguém me contasse eu não acreditaria.

– Prontos, vamos cuidar disso. – Diz a enfermeira com as compressas e os curativos. Ela cuida do ferimento com cuidado, enquanto eu conto os segundos para ela sair e eu pegar no celular, para ligar para o Jason. Ela termina, faz um carinho no braço.

– Não se machuque mais David.

Eu acenei positivamente a cabeça, ela se afastou de mim e retirou -se, me deixando sozinho. Eu dou um pulo da cama, procuro o celular que escondi por trás mesinha ao lado, mas não encontro. Passo a mão na cabeça agoniado.

– Procurando por isto, David?

Viro-me assustado e me dou de cara com uma outra enfermeira, que tem o meu celular na mão.

– Eu posso explicar... – Disse.

– Isto é contra as regras David! – Disse-me preocupada. Fiquei com receio, não sabia se dizia a minha identidade ou se ficava quieto, mas acabei escolhendo a segunda opção.

– Eu sei...

Ela ia em direção a porta mas eu alcanço a porta antes que ela, e impeço de sair, pondo a mão na porta. Ela para, vira-se para mim e respira fundo, me encarando assustada mas também curiosa.

– Se você me machucar, eu serei obrigada a chamar os seguranças. – Diz me, segurando um pequeno alarme.

– Não farei isso, mas eu realmente preciso do celular! – Disse ameaçando.

– De uma forma ou de outra você irá ao castigo, me machuca se quiser. – Ela encarou-me ameaçando-me, eu podia fazer a mudar de ideia num simples gesto. Ela respirava fundo, esperando alguma reação minha.

– Me dê o celular! – Mandei.

– Vai depender...

– De o que?

Ela olhou para mim de cima abaixo, aquele olhar que eu já tinha visto antes. Ela colocou a mão no meu peito e desceu até o meu abdômen.

– Do que você fizer agora... Você me dá o que eu quero e eu dou o que você quer, simples. – Ela mordeu o lábio inferior. O seu dedo indicador, pendurou na minha calça. Ela aproximou o seu rosto do meu e tomou a minha boca. Uma das suas mãos estava apoiada na minha nunca e a outra no meu abdômen, eu deixei ela me beijar, minhas mãos apoiaram na sua cintura.

– Quero você David... – sussurra enquanto me beija.

Viro-a de costas para mim e beijo a seu pescoço, enquanto uma das minhas mãos apalpa o seu peito. Ela solta um gemido de quero mais, e nesse instante eu abro os olhos, vendo o quanto ela está distraída. Sem ela perceber imobilizo pondo o meu braço nível do diafragma e outra minha mão fica por trás do seu pescoço, a impedindo de mexer, a deixando mais fraca. Ela vai perdendo a consciência e a solto no chão. Pego no celular e saio do quarto, me surpreendendo com dois seguranças que me encaram e logo suspeitam. Desato a correr e eles me perseguem, enquanto corro me dou de frente com o Leo, mas logo lhe empurrou para ele sair do meu caminho. Tento ligar para o Jason, pois se ao menos me apanhasse eu contaria o que realmente acontecia aqui dentro e ele viria me buscar. Ligo e ligo, mas o celular está desligado. Enquanto eu fujo nas curvas e contra curvas daquele maldito hospital. Corro o máximo que consigo, passo num das portas, mas nesse instante ouço um barulho, arrepiante que causa uma dor enorme nos ouvidos, me fazendo parar e colocar as mãos orelhas de tanta dor. Logo sou pego pelos seguranças e o som para. Tento resistir mas levo um pequeno choque me pondo quieto. Repito fundo e olho direito, vejo a Patrícia na minha frente.

–Eu devia ter-te matado isso sim, enfermeira dos infernos!– Disse furioso.

– Então, você vai ceder ou não?

Eu encarei-a e permaneci mais calmo. Ela mostrou um sorriso e se aproximou de mim, esperando a resposta. Meu rosto estava a pouco centímetros dela, meus lábios foram até a sua orelha e disse:

– Vá a merda.

Ela se afasta e abana a cabeça mostrando um sorriso e um ar de desprezo. Faz um sinal para os seguranças me levarem. Eu tento lutar contra eles, mas logo sou sedado e perco os sentidos.

3 dias depois.

Nancy

Quatro da tarde, sinto a falta do David no meu gabinete. Ele não costuma atrasar. Levantei-me da cadeira e saio, olhando para os corredores.

– Dra Nancy, David não poderá aparecer hoje. – Diz a Cíntia de aproximando de mim.

– Por que ?

– Porque ele quebrou as regras! – Disse baixinho. – Foi para sala do castigo e agora está em repouso.

Caminho apressadamente até o quarto do David, entro e vejo ele, deitado na cama, amarrado da cabeça aos pés. Era penoso vê-lo daquela forma.

– Precisava disso? – Comentei.

– Ele tentou me matar, tinha celular escondido....

– Quantos dias ele está sendo punido.

– Três dias...

– chega! Eu não quero que ele seja punido dessa forma.

– Ele é um paciente como um outro qualquer...

– Eu sou a médica e você não passa de uma enfermeira, se ponha no seu lugar!

– isso é uma ameaça? Sabe que estamos todos no mesmo buraco.

–Cala a boca! – Disse.

– Porque? Não quer que o seu queridinho ouça, que você é uma vilã...

– Não sou como você! Agora chega! – Retirei-me da sala. Me perguntava porque o David, queria celular? Intencionava fugir? Será que descobriu os segredos do hospital? Me perguntava e isso me deixava agoniada. Sabia que o hospital não era como um dia foi, sabia que as coisas haviam mudado. Cada vez mais rigoroso, punições mais penosas e fora do normal. Mas eu tinha uma missão, estava disposta a ir até ao fim, não vim de tão longe para por tudo a perder.

Samuel

Ouço tudo o que a Cíntia e a Nancy conversam, finjo de estar a dormir, mas estou escutando tudo. Percebendo que a cautela tem que ser maior, teria de arrumar um jeito de sair daqui. Não tinha o celular, não podia usar o telefone deste lugar.

Logo mais, uma enfermeira entra e me encara, com um sorriso.

-Vejo que agora, aparenta mais calmo. Irei soltá-lo, mas vai se comportar. Está bem?

Eu aceno positivamente a cabeça, nem consiga falar, porque tinha uma máscara, igual a focinheira de um bicho selvagem.

Com delicadeza ela tira a máscara, vê que não reajo e continua me soltando ao poucos com cuidado e receio. Eu permaneço quieto, não tinha forças. Minha cabeça doía, meu corpo parecia que havia quebrado.

"Ela está aqui porque ela é mais guerreira"... Lembro-me do que o Gabriel me disse. Sayuri, meu amor, será que ela passou por isso. O que eu deixei que fizesse com ela. Cada sofrimento meu, eu pensava nela.

(....)

Sou acompanhado até o jardim do hospital. Estava quieto e com frio, devido aos medicamentos que me punham mais depressivos! Eu acabaria enlouquecendo de verdade. Estava brincando com a minha saúde mental e física, tudo por que queria enxergar de perto, queria cuidar de uma garota que quase me matou.

– Samuel!

Ouço e olho de imediato, ninguém me conhecia com esse nome para além do Leonardo e Gabriel. Vejo o Leo e reviro os olhos, pois não estou com paciência para outra chantagem ou exigência seja o que fosse, pois eu sabia que ele queria algo. Ele Sentou -se ao meu lado e me encarou.

– O que você quer? – Perguntei impaciente, meu corpo doía e tremia.

– eles te puniram não foi? – Perguntou-me, olhando para mim de cima abaixo. – te deram choque elétrico, mergulharam sua cabeça num balde de gelo, água vaporizada nas costas....

Ele ia falando e eu ia me lembrando do meu castigo, me lembrando do quanto aflito eu estava, era uma dor que nunca poderia explicar. Creio que cheguei a ter alucinações, falei coisas que não devia.

– vou contar a versão que ninguém nunca saberá... apenas você....

Eu encarei-o e esperei ele falar.

– Eu não matei minha irmã, nunca faria isso!

– O DNA correspondia com o seu...

–Quem matou foi o meu Irma o gêmeo, Romeu. Ele sempre foi o preferido dos meus pais... – Ele respirou fundo. – Quem ia gostar de ter um filho que se veste de mulher? Eu era a decepção deles. Romeu sempre foi o certinho da família, nunca na vida os decepcionou. Nunca cometeu erros. matar a minha irmã foi o único erro que ele cometeu. ele sempre foi ciumento! Não aceitou que a minha irmã gostava mais de mim do que ele então ele descontrolou-se e bateu com a raquete, várias e várias vezes até ter certeza que estava morta. Eu ouvia gritos do meu quarto, estava trancado, meus pais me trancaram para não sair de casa e envergonhá-los mais uma vez pois um dia desfilei de lingerie pela casa. – Ele parou uns segundos e respirou fundo. – mas nessa tarde, eu ouvi gritos, arrombei a porta e fui até a sala, meu irmão estava por cima dela com a raquete na mão e ela morta. Ele saio correndo, fugiu e eu aproximei dela, da pequena Bernadete.... – Seus olhos ficaram lacrimejados. – Nesse instante o meu pai chegou e viu me nessa situação. Eu expliquei mas ele não acreditou ou não quis acreditar....

– Porque você não falou nada no dia que eu...

– seria minha palavra contra deles! Romeu deixou eles acreditarem que tivesse sido eu e pela primeira vez na vida, eu estaria fazendo algo que lhes deixaria feliz. Meus sempre souberam que foi ele, então eles pagaram o juiz para classificar o meu caso como distúrbio mental, pois o meu comportamento era fora do normal... – Ele rui-se. – Claro que era, onde já se viu um homem gostar de outro homem.

– Você esta aqui, porque você é homessual? Isso é um absurdo!

– Para os meus pais isso -e demência.

Lembrei do dia que o Leo, foi classificado como um doente mental, discordei do início, mas percebi que o juiz estava determinado a classificá-lo assim.

– Eu sempre soube que não era um louco, Leo....

– Eu sei...

– Mas achei que fosse um assassino, as digitais combatiam com as suas, você estava agressivo e confessou ... tudo aquilo era fingimento?

– Se há uma coisa que sei fazer, é fingir... fiz isso a minha vida toda, fingindo ser quem eu não era...

–por que você está me contando isso?

– Porque eu sei que você não é louco, nos dois estamos na mesma situação... fingindo, para um objetivo.

– E o que vai fazer? Vai me denunciar?

– Não, isso não importa... não importa o que você é ou não... Ninguém vai acreditar em você. Assim como aconteceu comigo.

Eu respirei fundo, ele tinha razão.

– Agora, cede Samuel... ou você vai acabar enlouquecendo de verdade.

– Ceder o que ?

Ele riu-se.

– Vai me dizer que não sabe que você o bonitão dos pacientes... que a enfermeira Cíntia e a Dra Carlorta não te desejam. Você é hétero e elas são lindas, qual é problema?

Fiquei em silêncio.

– Samuel...

– Eu sou casado… – Parei um instante. –Sayuri...

– Ela é sua esposa? – Ficou em choque, vejo no seu olhar um misto de pena e preocupação. Ele desvia o olhar e pressiona os dedos.

– O que foi? Sabe de alguma coisa?

– sei de uma coisa dos pacientes que estão lá embaixo.... na escuridão...

– O que sabe?

– Que eles nunca saem de lá, uma vez que entra nunca mais... piorando cada vez mais.

Passei a mão na cabeça.

– Você veio a tirar daqui? É por isso que você está aqui?

Eu acenei positivamente a cabeça.

– Então a tire daqui o quanto antes. – Ele parou uns segundos com um sorriso: –Ela é a flor do jardim…

– Você é a segunda pessoa que diz isso.

– antes de estar no subsolo, ela arrancava os cravos do jardim…. Ela é meiga!

Ele levantou-se e distanciou-se. Sabia o que eu tinha que fazer e não iria me orgulhar nunca, mas não tinha outra escolha. Era tudo ou nada. Fiquei um tempo sentado, olhando jardim pensando em alguma saída, agora estava sem celular, os telefones estavam interligados com os seguranças, eles ouviam tudo. Era mais um presídio, que um hospital. Levei tanto choque que cheguei a ver unicórnios pela sala, mulheres nuas pelos corredores, homens tirando a sua pele, ficando em carne viva. Leo tinha razão, se não atuasse, eu acabaria enlouquecendo ou já sou um louco.

....

Caminho pelos corredores do hospital, almoço mais rápido possível e quis sair do lugar, minha cabeça doía e eu não tinha paciência para falar com gente sem noção. Cada passo que eu desse, me lembrava dos dias que estava lá, a imagem dos homens tiraram a sua pele me consumia. Juro que cheguei a ver unicórnios pulando a minha volta. Será que estava enlouquecendo? Será que eu já sou um louco, que pensa está são. Será realmente eu vi a Sayuri? Estava tão confuso e perturbado.

Sinto o meu ombro sendo tocado, paro e olho para trás.

– sente se melhor David? – Diz Cíntia. – Quero que sabia que eu tive que fazer isso..

Ela se aproximou de mim e me empurrou contra a parede.

– Pacientes rebeldes, por vezes é preciso uma lição....

– Eu já aprendi a lição...– Tomei a sua boca intensamente, minhas mãos ficaram presas no seu traseiro. Ela segurou a minha camisa e levou para um quarto vazio. Nossos corpos estavam grudados um no outro, sua mão invadiu a minha sunga, massageando-me e sugando o meu lábio inferior.

– Eu sempre te quis David!

Ela moradia o meu pescoço, enquanto a outra sua mãos está desabotoando a minha camisa.

– Não. – Digo segurando a sua mão.

– Porque?

– Porque não, se quer isto, vai ser do meu jeito....

Ela acenou a cabeça e tomou a minha boca novamente, degustando do meu beijo. Ela novamente tentando tirar a minha camisa, mas eu seguro suas mãos, garota persistente e inconveniente que ela era. Viro-a de costas. Abaixo a suas calças, junto com a sua calcinha e ela gêmeo, pedindo que eu ficasse dentro dela. Empino a sua bunda e dou uma palmada forte, que faz gemer de dor. Ela quer falar algo mas não quero ouvir, encosto sua cabeça na parede. Ela entregou-me o preservativo.

– Afasta essas pernas vadia!

Ela obedece e num só movimento penetro-a de uma vez, ela geme como uma cadela no cio, enquanto eu vou socando fundo entre as suas pernas.

– David, não para...

– Cala boca!– Disse aumentando o ritmo, não queria ouvir ela gemendo de prazer, queria escutar o que me interessava.

– Eu preciso do meu celular !

– N-n-Não... Sabe que disso... hum....– disse gemendo.

– Porquê ?

– Já não está comigo, está numa área onde eu nem eu tenho acesso.... Só os seguranças do hospital é que tem...

Fui mais fundo nela, com movimentos intensos, fazendo ela gemer mais ainda. Precisava conhecer esse lugar, tinha arrumar um jeito de ela me contar. Propositadamente eu a viro para mim, levou-a no colo e me aproximo de uma que tem objetos. Com toda a força jogo os objetos no chão, causando um barulho enorme.

– Shiu... ninguém pode nos ouvir....

Eu mostrei um sorriso pervertido e a coloquei na mesa. Ela tirou a blusa e abriu o sutiã, me exibindo o seu peito. Eu apalpei-o e logo voltei e penetrá-la novamente. Ele gemeu inclinando a cabeça para trás e olhos fechados. Aproveitei que ele estava distraída, tento pegar o seu cartão que estava na mesa, onde eu teria acesso as portas da linha vermelha, que consequentemente me levariam a área dos seguranças e lá eu daria outro jeito.

Pego o cartão, ela abre os olhos mas antes que ela possa ver eu chupo o seu peito, fazendo-a, fechar os olhos novamente. Ela geme com as mãos apoiadas a na minha nuca, enquanto eu dou -lhe prazer com movimentos de vai e vem, fazendo ela sentir o meu membro que ela tanto queria. Aumento o ritmo e ela geme, chegando no orgasmo e logo eu gozo também, suas costas estão apoiadas na mesa, ela está de braços abertos, satisfeita. Tiro o preservativo e visto as calças, colocando o cartão no bolso, antes que ela volte em si.

Ela abre os olhos e mostra um sorriso de quero mais

– Você nao quer que os outros nos vejam quer?

– claro que não! – Disse desapontada. – Talvez a próxima, combinamos fazer num local mais privado. – Disse enquanto se arrumava.

– Mais proibido. – Lhe sugeri.

– Seu safado! – sorriu e me deu beijo de leve, saio aproximou-se da porta e encarou-me. – Você sai depois...

Eu acenei positivamente a cabeça, logo que se foi limpei a boca, sentindo nojo que que acabara de fazer. Nunca havia traído a Sayuri, nunca havia cedido a chantagens, mas hoje foi diferente. Pego no cartão e volto a esconder no bolso, depois de um minutos me aproximo do porta e abro ligeiramente, vendo se tem alguém por perto mas não tem ninguém. Saio do quarto, tenciono procurar o celular mas ainda é cedo, corro o risco de ser encontrado. Também estava perto das 16h, hora que tinha consulta com a Nancy.

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