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chapter 4

Acordo pela manhã, olho a volta e vejo que o quarto está uma bagunça, alguns vasos quebrados, a cadeira virada. “será que fui eu quem fez está bagunça? “pergunto a mim mesmo. Tento me mover mas não consigo, pois estou amarrado, nas mãos e nas pernas. Os efeitos dos comprimidos já haviam passado, talvez tenha exagerado na dose, o psiquiátrico disse para tomar um comprimido, mas eu tomei dois.  A enfermeira entra e me olha tranquila, ela demonstrando uma serenidade no seu jeito, já devia estar habituada a lidar com paciente conflituosos.

– Bom dia, David.

– Bom dia…

– Sente-se melhor?

Eu acenei positivamente a cabeça. Ela olhou a volta, respirou fundo e se aproximou de mim, me analisando.

– Tem como me soltar?

– Esperando a médica liberar …

Logo de seguida uma mulher entrou, pelo traje era a psiquiatra. Uma mulher magra, alta, loira, olhos puxados e com um sorriso radiante.

– Bom dia, David. Eu sou a doutora Nancy. Fique tranquilo que está em boas mãos… – Ela olha para mim tranquilamente.

 – Obrigado. – Ela possivelmente era medica da Sayuri, nunca tinha a visto pessoalmente, mas a Sayuri já tinha me falado que tinha uma medica com esse nome.

Ela fez um sinal para enfermeira, para que me soltasse. Fiquei sentado na cama, sentindo o ardor nos pulsos e tornozelos, estavam marcados.

– Senhor pode circular pelo hospital, a enfermeira irá lhe indicar os lugares permitidos! Sempre as 16 horas nos teremos uma consulta, na minha sala, combinado?

Acenei positivamente a cabeça.

Ela olhou para mim de cima abaixo, mostrou um sorriso. Ela parecia alguém tranquila e paciência, também num lugar como este só com alguém essas duas virtudes para aguentar.

– Você não precisa ter medo, vai ficar tudo bem! – Segurou a minha mão, sorrindo tentando me deixar a vontade.

(…)

Caminho pelos corredores do hospital, olho para cada detalhe, portas por onde posso sair e entrar. De dia era mais difícil de procurar a Sayuri, porque o hospital estava sempre movimentado. O hospital era caracterizado por linha vermelha, amarela e azul. A vermelha apenas os funcionários podiam frequentar, a minha azul todos podiam frequentar incluindo os familiares e linha amarela era para os pacientes e funcionários. Eu seguia a linha amarela que dava em três lugares: os quartos dos pacientes,  jardim e a lanchonete. Nenhum desses lugares era do meu interesse, tinha de dar jeito de passar para minha vermelha sem ninguém que percebesse. Chego quase ao final da minha amarela que dava a lanchonete pois era a hora do almoço, entro no lugar e vejo alguns pacientes. Estavam poucos, pois cheguei dez minutos antes, cheguei cedo. Queria ver a Sayuri entrando.

– Senhor David, pode se servir… – Diz a funcionária apontando o local onde estão comidas. Era como um buffet. Eu acenei a cabeça e fui até lá, olhando a volta, vendo se encontrava a Sayuri, mas nada dela. Chego lá e servente vai me servindo, eu vou escolhendo o quero. Recebo o prato e sento-me. Volta a olhar, vejo algumas mulheres entrando menos a Sayuri, começo a ficar preocupado pois o almoço era de uma hora. Tinha apenas uma hora para tira-la daqui.

– Você é novo aqui? – Disse um rapaz se aproximando. – Me chamo doutor Cesar Huter.

Olho para ele e vejo que ele está bem vestido, arrumado e com um jaleco.

– David Willer. – Apresentei-me, olhei para os lados disfarçadamente, pois não queria que ele percebesse.

– Está tudo bem? Alguns pacientes têm dificuldades em se adaptar nesse lugar! – Cesar afirmou com um sorriso.

– Entendi…

– Sei… o que você está procurando? – Ele olhou para desconfiado.

– Nada!– Disse dando a entender que estava tudo bem.

– Se planeia fugir como alguns tentaram fazer, desista… Aqui ninguém sai.

– Cala a boca César! – Disse um jovem se sentando ao meu lado com a bandeja. – Você nem é medico..

– Sou sim! Estou aqui por engano! Eu fiz grandes cirurgias! – Ergueu o dedo se impondo.

– Cesar, sirva-se antes que a comida esfrie! – Disse a servente.

Ele respirou fundo, completamente frustrado e foi até ela.

– Carlos! – Disse o Jovem ao meu lado.

– David.

– Quase te enganou né? – Ele riu-se.

– Tenho de admitir que sim! Ele aparenta ser… _ enganou-me mesmo, neste lugar tudo parecia irreal, já não se sabia quem era o são e o demente.

– Entendo, no inicio eu também fui enganado por ele.

Eu voltei a olhar para porta que dava secção feminina, esperando a Sayuri aparecer, mas nada dela.

– Existe uma outra lanchonete, pra além desta?

– Não, só esta… Por que?

– Achei que fosse encontrar alguém aqui….

– Talvez está na camisa de Força. – Ele encarou-me, suas pupilas dilatadas. – Uma vez que você entra aqui, nunca mais sai.

Engoli a seco. Isto era um hospital não um presídio ou uma tortura, para se dizer isso. Chegou outro paciente e sentou na mesa, sem dizer meia palavra, parecia um morto vivo. Ele respirava fundo e olhava aos lados.

– Não vai comer Lourenço! – Diz, o Cesar voltando a mesa.

Jovem permanece calado e respirando fundo.

– Ele não fala? – Perguntei.

– Ele deve ser uma pedra hoje! – Carlos rindo-se.

Olhei sem entender, o que ele quis dizer.

– Amanhã ele vai ser outra coisa! Um robô, um animal… – Cesar informa, o que eu acho estranho, mas o meu objectivo não era saber sobre os pacientes, mas sim da minha mulher.

Eu olho a volta e procuro por Sayuri novamente. Abandono a mesa e devolvo a bandeja. Aproveito que tem um grupo de pacientes circulando e fico no meio deles, discretamente entro a porta que vai dar secção feminina. Sabia que era arriscado, mas precisava encontra-la. Dois alguns passos a mais.

– Desculpa, mas esta é secção feminina! Tem de voltar! – Disse uma enfermeira segurando o meu braço, mas eu me afasto fazendo ela me soltar, desde que fui atacado pela Sayuri, sou assim. Não gosto que toquem em mim de surpresa. Ela se aproxima de mim com cuidado, mas assustada com a minha reação, eu resisto em ficar olhando os lados, vendo se a Sayuri aparecia.  – Senhor David, tem de vir comigo agora!

Aproximaram-se três funcionários do hospital me ameaçando com o olhar, dou meia volta e sou acompanhado de volta à lanchonete. Fico quieto e pensando numa maneira de agir. Vejo uma enfermeira e aproximo dela ao redor.

– Posso ir no Jardim?

A enfermeira olhou para o relógio.

– Pode sim, está no horário! – Disse me acompanhando para o local. Pelo caminhando vou olhando a volta, vendo até onde vai a linha vermelha, ficando os lugares de cada secção, pois se não encontrei a Sayuri agora, teria que procurar depois para encontrar um jeito de sair. Fui levado até o jardim do hospital, sento num dos bancos e observado os pontos de saída. Vejo que pelo jardim tem um ponto de saída para fora do hospital e outro que também da a secção feminina. Levanto-me da cadeira e fico andando de um lugar para outro, fazendo-me de demente, enquanto conheço melhor o espaço. Mais logo a enfermeira me leva até o quarto, enquanto caminho reparo no olhar profundo de uma outra enfermeira. Ela tinha cabelos cacheados, lábios carnudos e um pouco acima do peso. Ela me olhava de cima a baixo, explorando o meu corpo físico com os olhos, eu me fiz de desentendido e continuei caminhando com a outra enfermeira até chegar no quarto.

Chego no quarto e sento na cama, pensando num plano de dar o fora daqui. Era difícil de chegar na linha vermelha sem ser visto, estes hospitais tinham mais vigias que psiquiatras e enfermeiros. A atenção era demais, possivelmente vários pacientes tentaram fugir, talvez seja esse o motivo.

– Precisa de alguma coisa David?

Olho e vejo a enfermeira que vi há poucos minutos, em encarando. Ela continuava me olhando de um jeito diferente das outras, me lembrava nos dias que estava num bar e algumas mulheres me seduziam com o olhar.

– Preciso... – Encarei-a.

Ela aproximou-se de mim, com um sorriso.

– Diga, o que posso fazer por você?

– Eu quero algo para me entreter...

– O que por exemplo? – Ela inclinou-se deixando os seus lábios próximos aos meus.

– Um papel e lápis de cores, para passar o tempo.

Ela afastou-se surpresa com a resposta, pude ver um desagrado no seu rosto. Retirou-se da sala, com cara de poucos amigos. Em poucos minutos ela volta e me entregou um bloco com um conjunto de lápis de cor.

– Obrigado, Mãe. – Disse, fingindo a demência, agindo como se visse a minha mãe e também dando a entender que não ligava a mínima para o seu olhar sedutor. Ela sorriu cinicamente e saio. Pego num papel e lápis, começo a desenhar, passando o tempo do hospital ficar mais tranquilo e eu poder ligar para o Jason.  O Hospital era enorme e com vários códigos e saídas, então tinha de colocar alguns detalhes no papel, mas tinha de ser forma discreta. Fazia desenhos infantis que um dia me levariam a liberdade. Comecei por desenhar o sol, por o desenho mais comum. Pintei o circulo de amarelo e fiz alguns raios amarelos. Peguei no desenho e colei na parede. Um tempo depois volto ao quarto, tiro o celular por trás da mesinha ao lado da cama e ligo para o Jason.

– Samuel!

– Jason, eu não a encontrei…

– Como assim? Eu já estou com o carro pronto para te pegar…

– Não venha, eu não saio daqui sem ela…

– Você enlouqueceu Samuel?

– David, meu nome é David! Quando eu a encontrar eu te ligo, enquanto isso espere… Não faça nada e nem venha aqui. _ afirmei decidido.

– Isso está indo longe demais, você vai acabar ficando aí e não vai ter como eu te ajudar! _ Jason parecia preocupado e tinha razão, mas eu não sairia sem a Sayuri.

– Que seja, mas eu não saio daqui sem ela! Persinto que tem algo de muito estranho aqui…

– Claro que é estranho para você, é uma psiquiatria… O que esperava?

– Não é só isso... Tenho de desligar… Não tenho muito tempo! – Antes de ele terminar de falar, desligo o celular e escondo no mesmo lugar.  Volto a me deitar na cama, encolhido, dando aparecer que estou perturbado com algo. Eu tinha de fingir direito, senão levaria suspeita.

 

16h

Fui acompanhado até na sala, ao encontro da Nancy, como havia combinado. Entro na sala e lá está ela sentada, me esperando. Usava um macacão preto e um jaleco branco. Ela fez um gesto para que eu sentasse.

– David, como foi o dia hoje?

– Normal…

– Segundo a sua ficha você tem histórias alucinações com frequência...

Eu não respondi e olhei a volta, fingindo que estou tendo alucinações, mas na verdade eu estava observando os detalhes do escritório.

–O que você vê? – Perguntou-me.

– Uma idosa no escuro, vejo o meu filho que por vezes sussurrando no meu ouvido…– Respirei fundo e giro a cabeça. – Vejo o mr jones meu amigo. – Disse. Inventei os primeiros que me apareceram na cabeça, tinha que dizer alguma coisa.

– Você tem filho?

– Já tive… – Menti. Nunca tive filhos, eu e Sayuri já tentamos várias vezes, mas sem sucesso. Tinha de inventar alguma história e fingir-me demência, mesmo estando ciente do que estava fazendo mesmo sem tomar os comprimidos que o psiquiatra Felipe havia me dado. Não podia levantar suspeita.

–  Sinto muito.

– O amigo, mr jones… o que ele diz? O que vocês conversam.

– Tudo, ele diz que eu não sou louco… Que eu apenas sou diferente dos outros. Que eu sou especial.

Ela desviou o olhar achando engraçado o minha maneira de falar, pois todo louco diz que não é louco. Nesse instante ouvi umas vozes no hospital, como se alguém estivesse gritando e pedindo socorro. Apesar de estar ciente que estou no hospital, no meio de pessoas com transtornos, me perguntava o que lhes punha tão aterrorizados. Admito que o ambiente me deixava agoniado, chegava a ser deprimente e não via a hora de sair daqui.

– Que gritos são esses?

– Há pacientes que não se adaptam com facilidade!  Levam mais tempo…

Pressione as mãos, pois gritos continuavam. Gritos vinham de um homem, mas gritava igual a uma garota, emitindo uma voz afeminado, mas isso não era relevante, o que me agonizava era forma como gritava, como se estivesse vivendo um pesadelo, como se soubesse que algo pior está por vir. Tentei disfarçar, mas era óbvio.

– David, está tudo bem! – Ela levantou-se e aproximou-se de mim, segurou minha mão. – Está tudo bem.

Eu acenei positivamente a cabeça, tentando me acalmar. Perguntava-me se a Sayuri também tinha esses momentos de terror, para ela me ligar pedindo ajuda, possivelmente tinha passado por algo parecido com este. Voltei minha atenção na médica, pois em encarava, como se tentasse me compreender. Falava comigo e me olhava de cima para baixo, mostra de um sorriso amigável, mas com o olhar preso no meu corpo acompanhando a minha voz, observando os movimentos das minhas estruturas corporais. Continuo falando, então ela se levanta e se aproxima de mim me encarando. Sua mão passeia pelo braço, subindo até o meu ombro e acaricia a minha nuca.

– Você pode se abrir comigo! – Ela pôs a mão no meu rosto.

Eu acenei positivamente a cabeça e ela voltou a sentar-se.

– E essa idosa no escuro….

– Mamãe...

– Sua mãe?

Acenei positivamente a cabeça.

– Ela está aqui agora… _ Disse de forma convicta e olhando para o lado.

Ela olhou para o seu lado esquerdo e logo voltou a encarar-me.

– O que ela diz?

– Que sou o seu filho preferido dela...

– Ela não é real… você sabe disso não sabe?

–Eu nem sei se você é real! Ela está tão viva quanto você… – Falava para ela acreditar, um lado de mim tinha de ser ator, sabia fingir que até parecia que uma parte de mim acreditava na minha própria mentira.

– Seu irmão, aquele rapaz que te deixou aqui, disse que um dia você tentou lhe afogar o seu sobrinho na piscina.

Jason era bom nisso, eu e ele já tínhamos sido espião em várias situações e então tínhamos de disfarçar, para nos reintegrarmos. Não duvido que ele tivesse sido bem convincente, quando conversou com ela. Existem duas coisas que os detetives são bons em fazer: convencer e enganar.

– Ah sim pois, mr jones mandou eu fazer isso!  Disse que essa criança é um demónio.

Ela respirou fundo e brincou com as mãos.

– Quando essas pessoas começaram a aparecer na sua vida?

– Não lembro… – Disse pensativo e encolhendo os ombros, dando a transparecer que estou com medo de falar.

– Pode se abrir comigo, David.

Eu abanei a cabeça, me negando a falar. Ela insistiu, mas uma vez, mas neguei de dizer, precisava criar mistério e ser o mais real possível. Precisava de tempo, para ficar aqui e me encontrar com a minha esposa.

– Bem, por hoje é tudo! Não vou pressionar você, por ser o seu primeiro dia! Quero que se sinta a vontade.

– Posso ir para o meu quarto?

– Pode, a enfermeira te acompanha.

Eu levantei-me, seus olhos estavam fixos em mim. Ela olhava para mim, não ententendo como um homem como eu podia ter alucinações. A minha esperança, era que se tudo desse certo hoje eu sairia deste hospital com a Sayuri.

 

 

Nancy

David, era certamente um paciente com algum mistério e não só isso. Observava-o tentando entender o seu ser, mas ele se fechava. Admito que ele era um paciente diferente dos outros, apesar de ter alucinações, podia ajudá-lo, pois sem isso, ele tinha muito a oferecer. Podia ter um futuro melhor. Já acompanhei vários casos de paciente com alucinações, alguns com esquizofrenia, são doenças que não tem cura mas pode se medicar, melhorando a vida do paciente. Antes de receitar qualquer remédio, queria primeiro entender o porquê dessas alucinações. Tinha que entender como começou. Não sei o motivo mas ele mexeu comigo, algo que nenhum paciente fez antes, ele tinha olhar obscuro, olhos cor da noite, ombro largo, mãos com veias salientes. Diferentes dos outros ele para além de falar comigo, ele tentava ler a minha mente, isso me deixou mais curiosa sobre o seu caso.

 

 

Samuel Henson  (David Willer)

Noite de lua cheia, estou deitado na cama apreciando-a e esperando o momento para eu sair deste quarto. Conto os minutos e segundos, quero que o tempo corra que nem o vento. A porta do quarto abre-se e vejo uma enfermeira, ela aproxima-se de mim e me examina. Mede a minha pressão, olha para os olhos, levanta a minha bata. Seu olhar muda, um olhar que já conhecia e sabia o motivo. A minha cicatriz sempre causa um choque para os outros, mesmo que não seja a primeira vez. Ela baixa a bata e mostro um sorriso acolhedor, sem dar conta sinto sendo perfurado, no braço. Olho e vejo a seringa, antes que eu possa dizer algo me sinto fraco e me deito novamente na cama.

– Para você dormir... Esta tudo bem! –  Disse me se levantando.

Estava sonolento, a dra Nancy entra no meu quarto, troca meia dúzia de palavras com a enfermeira. Ficamos apenas eu e a Nancy no quarto. Ela se aproxima e senta na minha cama.

–Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de você. Ela passa a mão no meu rosto. Sinto a sua mão macia me acariciando, descendo até ao nível do abdómen. Não sabia que explicar a sensação, mas estaria mentindo se dissesse que era desagradável, seu perfume era bom de sentir. Deita-se do meu lado  e encosta a sua cabeça no meu peito, me dando um forte abraço, ela sussurra o meu nome,  dou um suspiro e abro os olhos.

 Olho a volta e vejo que estou sozinho no quarto e que não passava de um sonho, mas parecia tão real. Passo a mão na cabeça tentando voltar ao meu juízo, olho para o relógio e já passava da meia noite.

O hospital está um silêncio, não ouço nem mesmo os passos das pessoas. Saio da cama do meu quarto e levo o celular. Era hoje que eu tirava a Sayuri desse lugar, caminho com cuidado até a porta. Espreito pela pequena janela de vidro, confirmo se o corredor está livre. Abro a porta com cuidado e caminho, para não fazer barulho. Olho para o chão e sigo na minha amarela, que vai dar na lanchonete, tento abrir a porta, mas está trancada, me deixando frustrado.  Olho a volta, vendo se não tem algo bifurco e flexível.

Percebo que próximo de mim, tem uma recepção, apoio-me na mesa e procuro algum objeto que ajude a destrancar a porta, vejo um grampo que prende os alguns papéis. Pego no prendedor de papel e volto a tentar abrir a porta. Depois de tanto tentar consigo entrar, e volto a fechar, mas sem trancar. Vejo a direção das câmaras e tento caminhar no local onde elas não chegam, caminhando mais próximo dos cantos das paredes e desviando da direção das câmaras. Chego na outra porta e faço o mesmo processo que antes. Abro a porta e estou na secção feminina. Caminho com o mais cuidado possível e procuro a linha amarela. Provavelmente essa linha me levaria até o quarto da Sayuri.

– Senhor o que faz aqui? – Pergunta uma enfermeira me encarando. – O senhor não pode estar aqui.

Ela quer se aproxima, mas eu dou passo para trás, pensando numa maneira de fugir. Ela la sopra o hábito, chamando os outros enfermeiros e começo a correr, tentando encontrar alguma corredor para despistar, mas sem sucesso. Logo que viro, aparecem três enfermeiros que me agarram. Eu luto contra eles, mas sem sucesso pois logo  sinto num sono profundo.

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